
O desafio de organizar uma exposição coletiva sobre meio ambiente é grande. O conceito ainda é difuso aos meus olhos. Sempre acho que meio ambiente é tudo. Por isso, Self Service é uma exposição que, sem se pretender premonitória nem planfetária do caos, apresenta um cardápio de imagens para seu deleite. Em tese, porque reside na fotografia essa mescla entre ciência e arte, física e química, alquimia e registro, fato e feito, e, melhor instrumento para esses dias de incerteza sobre calotas polares, não há.
Estamos acostumados, no mundo contemporâneo, a utilizar a imagem para vender, comprar, provar, ilustrar, emocionar, datar. Para minha surpresa, ela também é um instrumento de escolha. Self Service é isso: eco ou ego, mata ou mato, muito ou pouco, natureza ou progresso.
No mar de imagens de SambaPhoto, Ana Luisa e eu vasculhamos palavras-chaves que de certa forma servissem como guia para esta montagem: carne, fogo, mata, homem, árvore, água, e uma dezena de “tags”, que se transformam pelas mãos dos fotógrafos em outras chaves: emoção, denúncia, admiração, curiosidade. Ao final, mais que uma coletiva, um coletivo preocupado com nosso futuro.
Texto de apresentação da Exposição Self Service, Leo Burnett, maio de 2008.
Iatã Cannabrava

2 comentários:
uau, essas imagens tem realmente impacto...ver a cidade assim, sem janelas, é como ver um rosto sem olhos...
hola, tuve la oportunidad de conocerlo por el programa mas que mil palabras, y la simpleza de lenguaje me llego mucho, comparto su manera de ver el mundo a través de las imagenes...le dejo mi lugarcito para que explore un poco mis fotos, me seria un enorme placer! saludos
miak
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