segunda-feira, 19 de maio de 2008



Sobre o volume das coisas (alto!) e o mau gosto!
Crônica de coisas cronicamente irreparáveis.


Muito se fala sobre o mau gosto de certas manifestações artísticas contemporâneas, além da diversidades de ataques aos modismos considerados bregas: música, arquitetura, decoração de interiores, literatura de auto ajuda, etc. e tal. A nação não tem ainda uma opinião clara sobre o Funk carioca, por exemplo: enquanto muitos se entregam as cachorras outros odeiam mortalmente o que acusam de empobrecimento da musica brasileira - alias críticos irão me jogar no cadafalso por chamar o Funk Carioca de música e ainda brasileira.

Mas vou parar de embolação e vou direto a minha tese, corroborada por muitos. A questão é de puro volume: esclareço: ninguém teria nada contra o axé music se fosse tocado no interior do sistema auditivo do individuo, viva o ipod!; ninguém ousaria falar mal dos edifícios da Av. Luís Carlos Berrini em São Paulo ou da orla de Boa Viagem em Fortaleza se os horrendos monstrengos lá colocados fossem baixinhos, ou seja, tivessem baixo volume.

A campanha cidade limpa não teria sido necessária se não fosse a gritaria visual que tomava conta de da Cidade de São Paulo, e o Carnaval não atrairia tantos desafetos se em vez de trio elétrico 220 volts tivesse trio 110 volts., quero dizer não podem abaixar o volume?

Antes que eu seja confundido com um vizinho ou sindico chato vou esclarecer que não nasci desgostando de nada disso, apenas o volume está alto, o volume de carros é altíssimo, o volume de crimes, de pobreza, tantos volumes que temos de baixar, antes que nos mandem calar a boca irremediavelmente para sempre.

Psiu.

Iatã Cannabrava, fevereiro de 2008

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